Na real, política raramente é união de gente com os mesmos valores. É mais tipo uma pausa pra galera com as mesmas vontades se juntar. Quando dois lados querem a mesma coisa, não é ética que junta, é o "me serve, te sirvo".
Desde sempre, política é palco de quem quer se dar bem, mas faz a fina. E os mais perigosos não são os que assumem que querem poder. São os que juram agir certo, mas só pensam na jogada.
Nietzsche já sacou que a verdade é o que os vencedores contam. E na política, quem ganha é quem sabe dar a facada na hora certa, com a desculpa perfeita. Lealdade? Esquece quando a grana é o poder.
Aliado só presta enquanto ajuda. Inimigo só é odiado enquanto mete medo. A moral muda conforme o que dá pra manter ou derrubar.
Por isso, confiar em aliança política é tipo acreditar em vento pra segurar castelo de areia. O abraço de hoje vira apunhalada amanhã. Porque política não é coração, é conta de matemática. E nesse jogo, não fica o mais bonzinho, fica o mais útil. Até deixar de ser.
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